terça-feira, 17 de março de 2015

Como higienizar os vegetais


Oi pessoal!

Hoje vamos falar sobre dicas de como higienizar os vegetais.

Os vegetais são alimentos muito importantes na nossa dieta, pois apresenta nutrientes e substâncias não-nutritivas ou substâncias bioativas, que atuam na manutenção da saúde e na prevenção de doenças

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, no mínimo, 400g de vegetais por dia, entre hortaliças e frutas, para que haja a prevenção de doenças crônicas

Cada fruta ou hortaliça tem um grupo de vitaminas e substâncias bioativas diferentes. Quanto mais variado e colorido, mais nutrientes e substâncias funcionais estaremos consumindo. No entanto, para preservar melhor as substâncias nutritivas e bioativas dos vegetais, é importante que esses alimentos sejam consumidos frescos e crus ou cozidos por pouco tempo

O vegetal alberga em sua superfície organismos do seu ambiente natural de cultivo. Vírus, bactérias, protozoários e ovos de helmintos (vermes) podem ser encontrados nos vegetais, naturalmente. Mas, alguns desses organismos podem causar doenças no homem, variando de brandas a extremamente debilitantes, em função de fatores como quantidade do agente ingerida (dose infectante), tipo de agente, estado de higidez e estado nutricional do indivíduo, presença de doenças crônicas ou imunossupressoras, etc. Essas doenças, de uma forma geral, são caracterizadas por sintomas como diarreia, vômitos, dores abdominais, letargia e perda de apetite.

Para que possamos preservar a qualidade nutricional dos vegetais e preservar a nossa saúde, é importante que tomemos algumas medidas de higiene antes de consumí-los.

Vamos lá então! Esse esqueminha descomplicado explica direitinho o passo-a-passo da lavagem e desinfecção:



Então, a sequência é a seguinte:

1- Lavar folha a folha em água corrente;

2- Imergir as folhas pré-lavadas em solução de hipoclorito (água sanitária): 1 colher de sopa de hipoclorito (água sanitária) para cada 1 litro de água;

3- Reservar e aguardar de 15 a 20 minutos;
 
4- Enxaguar as folhas em água corrente;

5- Drenar a água, centrifugar ou secar as folhas;

É muito importante armazenar as folhas somente depois de beeeem secas, pois caso contrário, a durabilidade do vegetal será pequena! Dá trabalho, gente! Mas dura mesmo!!!

Pode usar vinagre ao invés do hipoclorito? Pode!
Pode também usar vinagre, além do hipoclorito? Pode!

Para desinfecção com vinagre, você deve utilizar 200mL de vinagre para cada 1 litro de água. Acaba ficando mais caro para desinfetar do que se você utilizar o hipoclorito, que é bem mais barato e é tão eficiente quanto.

Espero que tenha ajudado!

Até a próxima!!!

Imagem e consultas:

http://www.marmifitness.com.br/page_19.html

http://www.sitedanutricao.com.br/p/guia-nutricional.html

Resolução RDC nº 218, de 29 de julho de 2005 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Higiênico-Sanitários para Manipulação de Alimentos e Bebidas Preparados com Vegetais

Manual de controle higiênico-sanitário em serviços de alimentação. Eneo Alves da Silva Jr. 7. ed. São Paulo: Livraria Varela, 694p., 2014

quinta-feira, 12 de março de 2015

Ainda sobre o post anterior!

Oi pessoal!!!

Ainda sobre o post anterior, duas observações:

Acabei esquecendo de incluir o link da notícia do Estadão. Agora vai:

Frango medicado com antibiótico pode não virar mais hambúrguer no McDonald’s




Além disso, tive um bizu muito legal de um amigo e parceiro científico sobre uma interpretação que ele teve, que foi diferente da minha. 

Sobre a afirmação do vice-presidente: “Os animais que ficarem doentes continuarão sendo tratados com antibióticos, mas que depois do tratamento não serão incluídos no fornecimento para comida”

Como não foi especificado o tempo, eu interpretei que os animais que necessitarem de tratamento com antibióticos, serão tratados e logo em seguida, não serão destinados ao mercado consumidor. O que nos parece óbvio pois caso contrário, o consumidor estaria consumindo um produto com elevados níveis de resíduos, pois não haveria respeito ao período de depleção do medicamento nos tecidos comestíveis da ave.

O meu amigo Felipe Faccini interpretou que os animais que necessitarem de tratamento com antibióticos, serão tratados e não serão destinados ao mercado consumidor em nenhum momento após isto. 

É! Faz todo o sentido!!! Valeu Felipe!!!

Até a próxima!!!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Frango com antibióticos do McDonald's



Olá pessoal!

Andei sumida do blog, néam?!

Mas uma notícia essa semana me motivou a falar sobre um assunto muuuuito importante:

Bom, no dia 06/03/2015, no Facebook, eu li uma chamada de notícia do Estadão que dizia: “Frango que ficou doente não poderá mais virar hambúrguer ou nugget no McDonald's...”. A chamada bizarra motivou alguns seguidores da página do Estadão no Facebook com comentários de espanto, obviamente. A grande maioria daqueles que comentaram, perguntavam-se, em tom de grande espanto: - E antes podia??????

Essas chamadas de notícia chamam a atenção para a notícia, é claro! o que não quer dizer que isso vai acontecer. A galera que comentou não se deu ao trabalho de ler a matéria ou tem algum problema de compreensão. Mas foi a maioria!!! É, ninguém leu nada mesmo! A dita matéria, na verdade, intitulava-se: “Frango medicado com antibiótico pode não virar mais hambúrguer no McDonald's”.

Então vamos falar sobre antibióticos em frangos!!!

Ah! Isso tudo é puro marketing tá! Oi?!

Calma! Vamos por partes. Transcrevo aqui alguns trechos da notícia:

A notícia diz que o McDonald's anunciou que “as aves não serão mais tratadas com antibióticos importantes para humanos nos próximos dois anos para não prejudicar a eficácia do medicamento no homem”.

O vice-presidente sênior da rede afirmou que: “Os animais que ficarem doentes continuarão sendo tratados com antibióticos, mas que depois do tratamento não serão incluídos no fornecimento para comida”

“Preocupada com concorrência das chamadas redes de fast-casual, que oferecem opções mais saudáveis de alimentos e serviços mais sofisticados, o McDonald's inaugurou em janeiro na Austrália, o Mccafé experimental, com identidade visual e cardápios diferentes dos tradicionais”

Agora, vamos às explicações:

Primeiro ponto: sobre a afirmação “as aves não serão mais tratadas com antibióticos importantes para humanos nos próximos dois anos para não prejudicar a eficácia do medicamento no homem”.

Há algumas décadas, esse assunto motiva diálogos entre as mais poderosas economias mundiais, no intuito de, entre outras coisas, criar normas internacionais quanto ao uso de antibióticos, principalmente àqueles que são empregados tanto na medicina veterinária, no tratamento de lotes de frangos, quanto na medicina humana. Não é nenhuma novidade!

Os grupos: fluoroquinolonas, cefalosporinas de terceira e quarta gerações, macrolídeos e glicopeptídeos foram classificados como de prioridade máxima quanto ao gerenciamento de riscos e estratégias para controlar a resistência bacteriana. Pode usar?! Pode, mas somente se não houver nenhum antibiótico substituinte capaz de tratar a doença e sob rígidas condições de uso que garantam que não haverá riscos à saúde do consumidor. Quais riscos?: Ingerir resíduos de antibióticos ou adquirir um produto contaminado com bactérias patogênicas resistentes a antibióticos que também são utilizados pelo homem.

Então, ok! Vão suspender o uso de antibióticos que também são de uso humano (por exemplo: as fluoroquinolonas) por 2 anos para não prejudicar a eficácia do medicamento no homem. 

Ora, bastava respeitar as boas práticas no uso de medicamentos veterinários. Cuma?! Tratar as aves de uma forma responsável, ética e técnica, ou seja, com manejo nutricional adequado, biossegurança, escolha do antibiótico mais adequado à doença e caso seja extremamente necessário, e adequado ao grupo etário das aves, ajuste à dose correta e administração de forma segura, sem superdosagens nem subdosagens e sem contaminação ambiental, e respeito ao período de carência do medicamento, entre outros detalhes.
Os caras falam como se esta fosse a única solução para não prejudicar a eficácia do tratamento com o medicamento no homem, mas ok! Chamou a atenção! Valeu! Marketing!

Segundo ponto:

O vice-presidente afirmou que: “Os animais que ficarem doentes continuarão sendo tratados com antibióticos, mas que depois do tratamento não serão incluídos no fornecimento para comida”

Me parece óbvio, caros leitores!

Dentro das boas práticas no uso de medicamentos veterinários, inclui-se o respeito ao período de carência. 

Mas o que seria isto? Então, o período de carência é o intervalo de tempo que deve ser dado após o período de tratamento com antibióticos. Neste período, as aves não devem ser destinadas ao abate, nem seus produtos podem ser utilizados para consumo, por exemplo: ovos. Neste período após o tratamento com antibiótico, há uma deposição natural de resíduos do antibiótico na carne, miúdos e ovos (no caso de galinhas poedeiras). Todo medicamento de uso veterinário para aves detalha em sua bula, o período de carência que deve ser seguido para destinar as aves ao abate e para o consumo de ovos, no caso de galinhas poedeiras.
Então, ele não disse nenhuma novidade! Próximo!

Terceiro ponto:

“Preocupada com concorrência das chamadas redes de fast-casual, que oferecem opções mais saudáveis de alimentos e serviços mais sofisticados, o McDonald's inaugurou em janeiro na Austrália, o Mccafé experimental, com identidade visual e cardápios diferentes dos tradicionais”

O CEO do McDonald's está tentando melhorar a reputação do Mc de "junk food", ou seja, de "comida prejudicial à saúde" ou "comida que engorda horrores", diante de uma crescente concorrência de estabelecimentos ditos saudáveis e, claro, diante da procura do mercado consumidor por alternativas menos "junk". Assim, faz sentido toda esse esforço de se mostrar saudável. 

Que assim seja!!!

A notícia lá fora foi mais ou menos assim:
  
McDonald's new CEO faces onslaught of competition

Onde?: http://www.dailymail.co.uk/wires/ap/article-2932115/McDonalds-new-CEO-faces-onslaught-competition.html

McDonald's new CEO has a modern strategy to fix the brand




Aqui no Brasil, me chamou a atenção esta matéria do InfoMoney sobre o assunto, que está muito interessante, vejam:
Por que o plano de reviravolta do McDonald’s não está funcionando? - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/3909234/por-que-plano-reviravolta-mcdonald-nao-esta-funcionando
Por que o plano de reviravolta do McDonald’s não está funcionando? - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/3909234/por-que-plano-reviravolta-mcdonald-nao-esta-funcionando

Por que o plano de reviravolta do McDonald's não está funcionando?

Por que o plano de reviravolta do McDonald’s não está funcionando? - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/3909234/por-que-plano-reviravolta-mcdonald-nao-esta-funcionando
Onde?: http://www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/3909234/por-que-plano-reviravolta-mcdonald-nao-esta-funcionando


Aaaah! Não acabou!!!

E aí, ainda no Facebook, vejo a Korin indo de carona na notícia do Mc com a seguinte chamada: 



Por que o McDonald’s quer frangos como o da brasileira Korin?


Onde?: http://www.korin.com.br/blog/por-que-o-mcdonalds-quer-frangos-como-o-da-brasileira-korin/

Marketing again!!! Eles não podiam perder essa né?! 


Valeu também, Korin!!! Tem que vender o peixe, né?! Ops! Frango!!!

Bom, espero que tenham compreendido.

Até mais!!!